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O ritmo do poema
O ritmo do poema

GOLDSTEIN, N. Versos, Sons e Ritmos. 8ª ed. Editora Ática. Série Princípios. São Paulo, 1994 . 80 páginas.

Cap. 2 O ritmo do poema

No compasso da vida

Toda atividade humana se desenvolve dentro de certo ritmo. Nosso coração pulsa alternando as batidas e pausas; nossa respiração, nossa gesticulação, nossos movimentos são ritmados. Há trabalhos coletivos_ no campo como na indústria_ que têm rendimento maior, em função do ritmo conjunto de todos os participantes. Certas provas esportivas em equipe dependem do ritmo conjunto para o bom resultado final.

O ritmo também aparece na produção artística do homem. De modo especial, na poesia. Como o ritmo faz parte da vida de qualquer pessoa, sua presença no tecido do poema pode ser facilmente percebida por um leitor atento, que é, ao mesmo tempo, um ouvinte. a poesia tem um caráter de oralidade muito importante: ela é feita para ser falada, recitada. Mesmo que estejamos lendo um poema silenciosamente, perceberemos seu lado musical, sonoro, pois nossa audição capta a articulação ( modo de pronunciar) das palavras do texto. Mas se o leitor passar da percepção superficial para a análise cuidadosa do ritmo do poema, é provável que descubra novos significados no texto, como ilustram as leituras "rítmicas" que se seguem.